O sumiço de Ana
Uma noite, Ana, a irmã do Pequeno Vampiro, aparece na casa de Anton com uma mala antiga e empoeirada e diz:
- Anton, preciso de uma ajuda sua.
- O que?
- Lembra quando Rüdiger veio morar no seu porão?
- Sim... – responde – por quê?
- Preciso da mesma ajuda!
- Você também foi expulsa da cripta?
- Não, é que a Tia Dorotéia anda brigando muito comigo
- Ah. E você quer ficar no meu porão, certo?
- É... Posso?
- Pode, mas é muito perigoso.
Ana ignora o fato de ser perigoso e vai descendo a escadinha do porão. Anton berra quando a menina está quase abrindo a porta:
- Ana! A minha mãe está aí dentro! Não entra agora!!!
Tarde demais, quando Anton olha Ana já abriu a porta, mas quando vê a mãe do menino, a fecha rapidamente.
- Entra no guarda roupa com sua mala, rápido!! – diz Anton para Ana.
Exatamente na hora que a garota fecha o guarda roupa, a mãe de Anton chega dizendo:
- Anton, você não ouviu a porta do porão batendo?
- Não... – mente.
- Ah, então foi impressão minha.
Dizendo isto, a mãe de Anton vai embora, desconfiada.
- Pronto, Ana, pode sair daí.
Ana ouviu e saiu.
- Ainda bem, estava ficando sufocada.
- Agora pode ir para o porão.
- Tá, mas ante me empresta um livro? – pergunta a vampira.
- Claro.
Ana vai até a estante, pega “Drácula”, agradece e vai embora com sua mala.
Enquanto isso, na cripta, Rüdiger pergunta, preocupado:
- Cadê a Ana???
- Não sei... – respondem Tia Dorotéia e Lumpi.
- Precisamos achar ela!!! – exclama o pequeno vampiro
Voltando a casa de Anton, Ana está procurando algum lugar para ficar no porão, mas de repente alguém abre a porta e ela entra em embaixo da mesa e põe a mala em sua frente. Quem está entrando é o pai de Anton e quando vê a mala velha e empoeirada, fala:
- Hum, acho que nunca vi essa mala... Antooooooon!!! Veeeeeeeeeeeeeem cááááááááá!!!!
O menino sai correndo e finalmente chega ao porão.
- O que foi, pai?
- Esta mala é sua?
Anton não sabia o que responder, mas tratou de inventar uma desculpa esfarrapada.
- É... O meu amigo me emprestou...
- E o que tem nela?
- Aaah... Livros!
- Ah tá. Só para saber.
- Era só isso?
- Sim.
- Então tá. Tchau.
- Tchau.
O pai de Anton pega um livro e depois sai. Ana fica aliviada.
Na cripta, Rüdiger, Dorotéia e Lumpi começam a bolar um “plano” para achar a caçula (Ana). O plano era assim: Rüdiger perguntava para as pessoas conhecidas de Ana enquanto Dorotéia e Lumpi procuravam em lugares que ela pode estar.
- Huum... – diz o Pequeno Vampiro – Mas quem a Ana pode conhecer?
- Isso é com você – diz Tia Dorotéia.
- Ai, ai... – fala Rüdiger.
- E, aliás, onde ela pode estar? – Pergunta Lumpi.
- Ela pode estar na... – Disse Tia Dorotéia.
- Na?? – Perguntam Rüdiger e Lumpi.
- Tá bom, tá bom, eu não sei! – Fala Tia Dorotéia – Mas... Aonde?
- Nós não sabemos! – Dizem em coro Lumpi e Rüdiger.
E seguem discutindo (ou brigando) por causa do plano.
Na casa de Anton, depois do pai sair, Anton volta correndo para o porão para ver como Ana está.
- Ana?
- Oi.
- Você está bem?
- Estou bem, só que com um pouco de medo...
- Eu não disse que era perigoso?
- Disse...
- Então!
- Mas eu não quero voltar para a cripta.
- Então fique. Mas já vou avisando: cuidado! – Avisa Anton.
Depois de o garoto avisar a vampira, ele vai embora.
Na cripta, Rüdiger fica pensando quem Ana pode conhecer e até fez uma lista assim:
1 – Anton.
2 – Prima Verônica (está na Transilvânia).
3 – Olga (não sei onde ela está...).
- Ah, chega dessa lista boba! – Exclama o Pequeno Vampiro depois de passar da terceira pessoa – Isso não vai servir para nada mesmo!
Tia Dorotéia começou indo á um parque onde Ana costumava ir (pela raiva dela) ver as crianças brincarem a noite. Quando ela chegou lá (23 horas e 33 minutos) só tinha duas crianças brincando. Nenhum sinal de Ana, mas já que estava com fome resolveu atacar as duas crianças.
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Grita ela atacando.
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Gritam as crianças com medo.
E não sobrou nenhuma gota de sangue...
Lumpi, que não conhecia muito a irmã, foi á um beco escuro, onde costuma ir com os amigos “jantar”. Mas lá não estava Ana. Aliás, lá não tinha ninguém e o portão estava fechado e emperrado. E de repente começou a chover. Em outras palavras ele estava preso e eram 5 horas e 59 minutos, ou seja daqui a pouco ia amanhecer.
Como o previsto, o Sol nasceu as 6 horas e 15 minutos e o Lumpi... Ai, ai... Morreu...
Na casa de Anton, ás coisas iam bem. Ele já havia feito o dever de casa daquele dia e estava à espera de um filme de terror (sobre vampiros, é claro).
Ana já tinha achado um lugar para se esconder no porão (atrás de uma estante – armário).
Rüdiger resolveu visitar Anton a noite para perguntar se ele tinha visto Ana.
- Anton você viu a Ana?
- Nã – não – Mente Anton
- Sério?
- Sim
- É que ela sumiu...
- Nossa! Que pena!
- É...
- E o que você vai fazer?
- Não sei. A Tia Dorotéia e o Lumpi estão procurando comigo. – Diz Rüdiger que ainda não sabia da morte do irmão.
- Ah.
- Jura que você não sabe?
- Juro. Você não confia em mim?
- Confio. Mas, se souber de alguma coisa me fala, tá?
- Tá.
- Então eu vou embora. Volto amanhã.
- Ok. Tchau. – Se despede Anton
-Tchau. Até amanhã.
- Até!
Quando Rüdiger sai voando, Ana entra:
- Oi...
- Oi...
- Eu ouvi o que você falou. Obrigada!
- Tudo bem.
- Então tá. Era só para agradecer. Tchau Anton – Despede – se Ana.
- Tchau Ana.
Depois disso Ana volta para o porão.
Na cripta, quando Rüdiger chega, Tia Dorotéia está chorando em baldes e seus pais também. Ele para pra perguntar que tragédia aconteceu:
- O que aconteceu?
- O Lumpi... Ele... – Diz a mãe do vampiro.
- É... Ele... Quer dizer... – Diz o pai.
- Ele... Morreu! – Fala muito triste Tia Dorotéia.
- Nossa! Que horror! – Exclama triste Rüdiger.
- Pois é... Snif, snif... Meu filhinho! – Choraminga a mãe do Pequeno Vampiro. – Ana sumiu, Lumpi morreu, buáááá!
E passaram a tarde toda comentando a trágica morte de Lumpi.
Na noite do dia seguinte, Anton assiste na televisão a um filme de terror em que um vampiro morre vendo a luz do Sol, quando Rüdiger chega.
- Anton!
- O que foi?
- Você não acredita!
- Não acredito o que?
- O Lumpi... Ele morreu!
- Nossa! Que horror, Rüdiger!
- Eu sei! E o pior: ainda não achamos a Ana!
- Caramba!
- O que você faria no meu lugar, Anton?
- Não sei.
- Ah! E você também não sabe de nada! – Diz o vampiro indiguinado.
- Sei sim, mas não o que você quer saber.
- Tá bom então! Tchau!
- Tchau Rüdiger!
E o vampiro sai voando estressado.
No dia seguinte... Opa! Quer dizer, na noite seguinte, Dorotéia vai saindo para procurar Ana e o guarda do cemitério acaba vendo ela e enfiando uma luz forte em seus olhos. Aí, depois disto, ela acaba batendo as botas.
Na cripta, Rüdiger é o primeiro, a saber da morte e vai direto para a casa de Anton, contar o muito trágico acontecimento.
- Oi... – Fala Rüdiger desanimado.
- Oi. O que aconteceu?
- A Tia Dorotéia bateu as botas.
- Nossa! Que horror!
- É, eu sei. – Diz o vampiro – Bom, era só para avisar. Agora vou voltar para cripta contar pro meu pai.
- Ele ainda não sabe?
- Não.
- Então tá, tchau Anton.
- Tchau. – Fala Anton.
Quando o vampiro sai voando, Anton vai correndo para o porão avisar a Ana sobre as duas mortes.
- Ana! – Fala Anton chegando – A Tia Dorotéia e o Lumpi morreram!
- Nossa, que pena! Mas já que a Tia Dorotéia morreu, meus problemas acabaram. Tchau Anton, eu vou embora. Beijos.
- Tchau Ana...
E Ana volta para a cripta e todos ficam felizes.
Fim!